A Cláudia sempre foi uma mulher talentosa como artista.
Porém, não era reconhecida.
Seus pais não entendiam porque ela não era reconhecida pelo seu talento.
O que ela fazia era um trabalho extraordinário!
Ela estudava, estudava, estudava e praticava com maestria toda nova técnica que aprendia.
Ela era realmente boa no que fazia.
Deixava as pessoas de queixo caído com a sua criatividade e inventividade.
Mas não reconhecia o seu poder artístico.
Algumas pessoas ficavam encantadas com o seu trabalho, só que eram apenas espectadoras.
As pessoas certas, as pessoas que poderiam levar ela ao sucesso nunca chegavam até ela.
Parece que a porta da fama, do sucesso, da prosperidade não se abriam para ela.
Qual era o motivo disso?
Por que ela não conseguia ter acesso as melhores oportunidades?
Por que as pessoas que faziam de qualquer forma sem qualidade, faziam o trabalho ruim, tinham mais reconhecimento e valorização que ela?
Cláudia, era uma mulher sem amor-próprio
Ninguém sabia que quando ela levantava pela manhã e se olhava no espelho ela dizia coisas ofensivas, horríveis para si, como:
- Eu te odeio!
- Você não faz nada direito!
- É uma fracassada!
- Você não é boa o suficiente!
Ninguém sabia que ela se batia e se machucava para se punir.
Quando um novo hematoma surgia e alguém perguntava sobre o machucado, ela dizia:
- Ah, sou um pouco desastrada… caí no chão… tropecei no tapete… bati no trinco da porta… não vi o degrau.
Só que…
Não era isso que acontecia, na verdade.
Ela mesma se machucava, se feria.
Algumas vezes até seriamente.
Além disso, Cláudia se autossabotava.
Ela criava inconscientemente situações para sabotar o seu sucesso.
Sempre que aparecia algum desafio, ela desistia, não persistia.
Alguma coisa sempre acontecia com ela e a fazia perder prazos importantes.
Negligenciava a sua saúde.
Se julgava e se culpava constantemente por seus erros e falhas.
Não acreditava ser digna de um amor verdadeiro e só entrava em relacionamentos complicados.
Essa era a verdadeira vida da Cláudia.
A faceta que ela nunca mostrava para ninguém.
Só ela mesma, o espelho e as quatro paredes da sua casa eram as testemunhas de que ela não tinha amor-próprio.
Por fora era uma verdadeira atriz.
Escondia as suas emoções de qualquer pessoa.
Estava sempre sorridente.
Parecia uma mulher de bem com a vida.
Guerreira e vencedora.
Por dentro era a sua pior inimiga.
A falta de amor-próprio impedia ela de conquistar coisas boas
Ela fazia de tudo para ter conquistas.
Técnicas de marketing digital, criou um site, entrava em contato com grandes personalidades do ramo, ia em eventos, anúncios na internet, no rádio e jornal da cidade, fazia networking, panfletos…
De tudo!
Porém, nada, nada, trazia algum resultado positivo ou promissor para ela.
Não conseguia reconhecimento no trabalho.
Nem a casa própria.
O carro do ano.
Ou alguém para amar de verdade.
Seu questionamento era:
- O que estou fazendo de errado?
Mal ela sabia que estava fazendo tudo do avesso.
Mal sabia que o mundo externo dela…
Era consequência do que acontecia dentro dela mesma.
Jamais imaginava que era ela mesma que criava os seus fracassos.
As experiências e circunstâncias ruins que vivia.
A luz interna se acendeu e se apagou
A maioria das pessoas não tem ideia do poder da música.
Cantam sem saber o que estão cantando.
Dançam ser saber o significado da letra que as embala.
Claudia, certo dia, ficou presa no trânsito por aproximadamente três horas.
Para passar o tempo, colocou para tocar sua playlist favorita no aplicativo.
Perdida nos seus pensamentos, não percebeu que sua playlist havia terminado.
Algumas músicas que não estava acostumada a escutar começaram a tocar.
A letra delas?
Sobre empoderamento.
Amor-próprio.
Valorização de si mesma.
Sobre a vida.
Como estava desacostumada a ouvir músicas significativas…
Como estava presa no trânsito…
Começou a prestar atenção nas letras das músicas.
E isso a fez refletir sobre ela mesma.
Sobre as coisas que dizia para o seu reflexo no espelho.
Ela chorou.
Gritou.
Se descabelou.
Olhou para o recente hematoma que fez no braço esquerdo, ocasionado por um beliscão dela.
E começou a questionar sobre os seus atos, pensamentos sobre si mesma.
Ela não se amava.
Não se cuidava.
Até que um vislumbre, uma pequena luz interna, uma faísca…
Um breve momento de inspiração a fez refletir:
- Se eu não me amar, quem mais poderá fazer isso por mim? Se não amo meu trabalho, quem mais irá amar? — Pensou ela.
O trânsito estava desimpedido para ela passar livremente.
Mas não aquele que ela estava fisicamente.
O trânsito mental estava livre, ela só precisava encontrar alguma forma de se valorizar e se reconhecer.
De ter amor-próprio.
Só que naquele dia, quando ela chegou em casa, se envolveu nos problemas habituais e esqueceu do seu instante de iluminação.
Se envolveu vários dias seguidos na rotina que nem se lembrou do momento iluminado que teve parada por três horas no trânsito da cidade.
A vida age para lembrar do que precisa mudar
Na correria do dia, Claudia precisava comprar material para o trabalho.
Andava rapidamente correndo, com pressa.
Passou em algumas lojas, quando passou na frente de um pequeno mercado ela paralisou, voltou de ré.
Uma música trouxe ela para o momento presente.
Uma música que um dia ela já tinha ouvido.
Talvez quando ficou presa no trânsito.
Não tinha certeza disso.
Então, ali parada no meio da calçada, encarando o interior do mini mercado, sem enxergar nada, ou olhar para um ponto qualquer.
Ela só ouvia aquela música, ela não entendeu o porquê, mas aquela música mexeu com ela.
Com a sua essência.
Ela se arrepiou toda, chorou baixinho de novo, será que seria um sinal?
Esse era o sinal que tanto pedia?
Nem se importava se as pessoas estavam encarando ela parada no meio da calçada chorando.
Então, ela decidiu que sim, que esse seria o sinal que tanto pedia.
Que a partir desse momento iria procurar alguma solução.
Esse foi o dia do seu chega! Do seu basta!
Não iria mais deixar a sua vida afundar ainda mais.
Buscou auxílio na terapia.
Descobriu que uma das suas maiores falhas, o maior erro, com ela mesma, era a falta de amor-próprio.
Aprendeu ferramentas de práticas diárias de amor-próprio.
Ela transmutou toda a vida dela.
Ao mudar o que acontecia dentro dela, as coisas começaram a mudar fora dela.
Cláudia, não tem a vida perfeita.
Ela tem dias de altos e outros dias de baixos.
Ela ainda se machuca com pensamentos, palavras e ações contra ela mesma.
Porém, agora ela sabe identificar os gatilhos que a faz agir contra si.
Ela aprendeu técnicas de amor-próprio para sempre praticar quando se sente em desequilíbrio.
O dia de hoje para ela é sempre melhor que o anterior.
Quem vê ela agora e viu ela alguns meses atrás percebe que algo nela está diferente, que algo mudou.
Algumas pessoas acham que é o corte de cabelo.
Outras acham que é a forma de se vestir.
Mas não.
O que mudou mesmo foi a relação dela com ela mesma.
Relação de ódio para amor-próprio.
Mesmo tendo recaídas, ela sabe que está em processo de limpeza.
De tirar todas as negatividades que acumulou todos os anos de sua vida.
E quando ela estiver limpa, livre, nenhum problema mais a afligirá, mesmo que existam dias difíceis.
Porque ela aprendeu que só ela pode mudar a vida dela e mais ninguém.
Ah! Ela não conseguiu de repente a valorização no trabalho.
Primeiro ela conseguiu trabalhos menores.
Que estavam longe de ser o trabalho dos sonhos.
Mas um dia ela entendeu que os pequenos trabalhos a prepararam para os maiores que estavam apenas esperando ela estar à altura.
Ela se ama e diz que se ama toda vez que se vê num espelho.
Leia mais sobre: Amor-próprio da mulher: coisas poderosas acontecem quando ela começa a se amar
Aprendendo com a Cláudia
Se você se identificou com a história da Cláudia, se coisas semelhantes acontecem no seu dia-a-dia…
Você pode pedir ajuda.
Independente do qual tipo de ajuda, se na terapia, se na espiritualidade, se na religião, se buscando conteúdo online.
Independente daquilo que te conecte, você pode aprender a se amar.
A construir o amor-próprio.
Porém, a construção do amor-próprio é uma longa jornada de desenvolvimento.
Que tem pedras no caminho, mas essas pedras você pode usar para construir o seu indestrutível castelo.
Você merece ser uma mulher incrível, maravilhosa, extraordinária, e poderosa.
Você só precisa buscar ajuda e conhecimento.
Você consegue!
Agora, se você conhece alguém que precisa ler essa história sobre o amor-próprio.
Compartilhe ela com essa pessoa.